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Jornal Olho nu - edição N°56 - maio de 2005
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Jornal Olho nu - edição N°56 - maio de 2005 - Ano V

Brasil é a menina dos olhos do ‘Merconu’

entrevista a Edgard de Oliveira *

Na economia, o Mercosul, composto por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, que enfrenta turbulências, rusgas entre os presidentes argentino, Néstor Kirchner, e brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. Tango e samba tensos porque Kirchner estaria cansado das travas econômicas e falta de apoio no FMI, Fundo Monetário Internacional.

Na paz do naturismo, a chegada da Ynai Latinoamerica inaugura uma espécie de “Merconu” para os países americanos, com exceção dos já organizados Canadá e EUA.

O 2º Encontro “Internacional” de Jovens Naturistas reuniu dois participantes desta integração. 

foto: Edgard de Oliveira

Augusto Maguiña contempla o Mirante

Um deles é bibliotecônomo e poliglota. Augusto Maguiña parece silencioso, mas fala alemão, francês e inglês. Também estudou italiano, japonês, português e russo. Além, claro, de se expressar pela universal linguagem do nu. 

O peruano aderiu à Ynai Latinoamerica, encantou-se com uma fruta até então desconhecida, a acerola, e superou enorme distância para ser um dos mais carismáticos personagens do 2º Encontro de Jovens Naturistas. 

Do país da encantadora Matchu Pitchu, cidade que consagrou o urbanismo inca, trouxe revelações surpreendentes. Lá, o acentuado pudor não permite sequer banhos coletivos após uma partida de futebol. “A pessoa vai para sua casa ou procura uma ducha individual”, relata. “Não conhecem o naturismo, pensam que é como orgia, porque a Igreja Católica é muito forte e não permite essa nudez”. 

Talvez tanta alienação corporal se relacione com higiene inadequada. Maguiña considera “porcos” alguns hábitos de certos compatriotas. “Deixam o banheiro muito sujo, são um pouco indisciplinados. Às vezes praticam esporte e não procuram um chuveiro”, reclama. 

Há 15 anos atrás ele se despiu no Parque Nacional de Paracas, ponto turístico do Peru. “Gostei muito da natureza e tirei toda minha roupa, sozinho. Anos atrás encontrei uma lista de discussão peruana e comecei a escrever. Tive três encontros com naturistas peruanos em três anos, mas todos vestidos”. 

Augusto sugere que naturistas de países como Bolívia, Colômbia, Equador e Venezuela venham ao Brasil. “Aprendi que naturismo é aqui”, decreta. Ele considera o nudismo “uma razão para viver”, por isto pretende se mudar para cá. Promete fomentar a filosofia no Peru, mas não quer ficar por lá até que o distante sonho se concretize. 

Incertezas

Daniel Gambin, uruguaio associado ao Ynai. Na foto em companhia de amigos em um encontro realizado no Sampanat

O arquiteto uruguaio Daniel Gambin é naturista há cerca de cinco anos. Apaixonou-se pela filosofia em uma ilha grega. 

No Uruguai, porém, existe somente uma praia oficial e alguns grupos. Dois anos atrás, mudou-se para São Paulo, associado ao Sampanat (Naturistas da Grande São Paulo). “Conheci Pinho [SC], Colina do Sol [RS], Abricó [RJ]... Hoje posso falar que sei sobre o naturismo brasileiro e estou interessado em seu desenvolvimento”, comenta. 

“Foi um presente pra mim. Estava vinculado ao Sampanat antes de pensar em chegar ao Brasil. Minha chegada se deu por acaso, mas desde que cheguei curto a filosofia”. 

Segundo Gambin, a geração “cybernaturista” promete corrigir uma antiga carência: mais jovens. “Naturismo é algo que requer convicção, e quando os jovens começam a viver há incertezas, por isto parece incomum. A Internet os orienta e aproxima da prática”.

 

*jornalista e naturista

reportered@pop.com.br 

Leia também NATEspecial, onde você ficará sabendo detalhes do 2º Encontro dos jovens naturistas, NATDepoimento, onde um jovem naturista faz o relato da experiência que foi participar do Encontro e NATexperiência, onde os jovens iniciantes contam como perceberam o Encontro.


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