| 
       
 SEU JORNAL VIRTUAL SOBRE NATURISMO NO BRASIL E NO MUNDO  | 
  |
| 
       
  | 
  
      
  | 
  |||||||||||||
![]()  | 
  |||||||||||||
| 
       ESCULTURAS SEM CENSURA 
     
      Maravilhados, turistas, que
      tiram suas fotos ao lado das obras, deixam algum reconhecimento aos
      artistas em forma de dinheiro e acham que os resultados beiram à perfeição,
      as quais, efêmeras, durarão até a próxima chuva.     
      Índio, nosso artista em questão,
      é baiano de Porto Seguro, diz que é naturista e que fica nu em alguma
      praia de sua terra. Desenvolveu a técnica de escultura em areia com
      cimento para criar maior resistência contra o vento “impiedoso” de
      beira-mar. Expandiu sua audácia e criatividade tentando a colocação de
      pigmentos de diversas cores para realçar as nuances de seu trabalho.  O artista nunca esteve preocupado com a questão da durabilidade. O seu senso criativo elabora a cada dia novas formas. Por ser um artista popular, que poderia ser classificado como “naïf”, não tem muito acesso à informação, mas é um grande amante das culturas, trazidas pelos inúmeros turistas estrangeiros que passeiam por seu atelier a céu aberto, e admira especialmente a cultura grega e sua mitologia.     
      Índio pode ser encontrado nas
      proximidades do Posto 4 em Copacabana.   Por Ricardo BezarreArtista Plástico.  | 
  |||||||||||||
| 
       Oportunidade
      de emprego em Berlim      
      Um teatro de vanguarda de Berlim está admitindo lanterninhas que
      aceitem trabalhar nus para seu atual espetáculo, que teve estréia
      marcada para a penúltima semana de janeiro. O teatro Volksbuehne
      apresenta a partir de quinta-feira 23 de janeiro a obra Atta, Atta - A
      arte se liberta!, do diretor teatral Christoph Schlingensief,
      conhecido por suas provocações.      
      No ano passado, Schlingensief quase foi processado por queimar numa
      festa um boneco que representava o primeiro-ministro israelense, Ariel
      Sharon.  http://portal.terra.com.br/noticias/popular/interna/0,6675,OI81865-EI1141,00.html Enviado
      por Mário  | 
  |||||||||||||
| 
       
 LUZ completaria mais um aniversário     
      Se estivesse viva, a bailarina, vedete, musa e
      precursora do naturismo brasileiro, estaria completando no próximo dia 21
      de fevereiro a idade de 86 anos. Parabéns a ela. 
 L  
      U   Z      D  
      E   L     
      F   U   E   G  
      O Por Mara Rejane Freire*            
      Luz del Fuego deveria constar
      nos estudos como uma heroína moderna, Joana d’Arc à sua moda, autêntico
      referencial para homens e, em particular, 
      para as mulheres, palpável, humana, carnal. Ao invés disso, os
      atos que a diferenciaram, martirizaram e levaram à morte, andar nua e
      assumir sua sensualidade, têm que ser ensinados por nós mesmas aos
      nossos filhos e, especialmente, às nossas filhas, já que seus feitos
      foram e são escondidos do saber comum, qual Lampião maldito. Luz, sua
      estampa, suas fotografias e suas aventuras deveriam ser matéria de
      escola. Por que, então, poucos sabem quem foi ela?            
      Certamente por causa da controvérsia
      que costumam provocar os assuntos do sexo, do desejo feminino e do livre
      arbítrio da mulher sobre seu destino, coisas das quais os homens,
      historicamente, souberam bem se desvencilhar. E também por sua nudez, que
      revelava sua tranqüila relação com o corpo, sem tabus ou preconceitos.            
      Como falar das sensações prazerosas
      advindas da nudez, se sempre foi tão proibido? Luz era uma demonstração
      viva e assumida de todos os desejos e prazeres possíveis. Os homens
      amaram-na, as mulheres escandalizaram-se e odiaram-na. Assumir o prazer de
      tirar a roupa e os prazeres vindos da sexualidade é, até hoje, coisa de gente suspeita. Mas são esses desejos proibidos, desconhecidos e
      impublicáveis que fizeram de Luz uma mulher inesquecível. Sua nudez era
      assumida, assim como sua sexualidade, bandeiras para uma vida mais saudável
      e autêntica. Ela amava os homens, os animais, gostava de estar nua e em
      evidência, desde  criança.            
      Ainda na infância, apaixonou-se por
      cobras. Sem conjeturas psicológicas, que se apressariam em explicitar o
      caráter fálico da relação, pensemos em crianças e água, crianças e
      argila, gelatina, maria-mole: a  forte
      atração por coisas viscosas, coisas que deslizam. Acrescente-se o fato
      de que Luz não tinha medo das cobras.            
      Moça, descobriu a sexualidade e não
      permitiu que a sociedade moralista – mais moralista do que a nossa,
      tendo em vista a época – lhe pusesse amarras. Deu-se a quem quis, pelos
      mais variados motivos: prazer, conveniência, aventura, desafio, assim
      como qualquer mulher que se julgue livre. Mas só se deu a quem quis,
      visto que tomou o seu corpo para si, não o deixando à mercê do
      julgamento alheio. Provavelmente foi sua postura em relação ao sexo que
      turvou todo o restante: seu grande valor não só do ponto de vista
      sexual, mas também para os naturistas e pessoas de todo o mundo que
      prezam andar nuas, como plena expressão da liberdade.            
      Já disse que Luz tinha coragem. Em
      tempos em que a nudez era escândalo, ousou, utilizando-se dos mais
      diversos meios, até mesmo do sexo, para conseguir um local em que as
      pessoas pudessem andar nuas em liberdade, sem serem molestadas pelo
      moralismo que sempre infestou a sociedade. E, para alguém que apreciava
      tanto o sexo, para uma mulher com tamanho atrevimento, causa admiração
      que sua ilha não estivesse ligada a orgias. Isto mostra o respeito de Luz
      pelo proceder alheio, menos aquele ligado às farsas da sociedade. A Ilha
      do Sol, como se chamava o local escolhido, era um lugar onde as
      pessoas podiam ficar nuas, o primeiro lugar do Brasil, pelo que se tem notícia.
      Enfrentava todos os problemas dos recantos naturistas do mundo na luta
      pela liberdade humana.             
      Para Luz del Fuego, andar nua estava
      ligado à saúde física e espiritual. O respeito entre as pessoas ao
      conviver na Ilha do Sol era um
      respeito que ela desejava para o mundo. Não funcionou. Luz foi
      brutalmente assassinada por combater a exploração indiscriminada da
      natureza e, sobretudo, por desafiar os moralismos de sua época. Sempre que lutamos pelo direito de andarmos nus ao sol, ou nos banharmos sem roupas – reservadamente ou em público -, evocamos o sentimento que Luz del Fuego nutria pela liberdade e pelo prazer. 
  *
      Integrante da AGAL(Amigos da Praia da Galheta),  Florianópolis,
      SC. 
 Quem
      quiser ver outros sites relacionados à Luz, duas dicas:  | 
  |||||||||||||
      
  |