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Jornal Olho nu - edição N°39 - dezembro de 2003
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Jornal Olho nu - edição N°42 - março de 2004

Anuncia nesta edição: Corpos Nus

Declínio da freqüência de nudistas diminui o turismo em parque de Munique

O banho de sol sem roupas é permitido nas campinas ao longo de toda extensão do rio Eisbach. Sentir-se livre para desnudar-se e relaxar sobre a grama macia no estilo bávaro... A placa mostrada na foto avisa aos visitantes do parque que a nudez é praticada nos campos.

Matéria distribuída pela agência Reuters.
Em 20-08-2003.

Enviado por Jorge Barreto*

 

Os adoradores de banho de sol ao natural que já povoaram os diversos campos e caminhos da famoso parque Englisch Garten (jardim Inglês), em Munique, Alemanha, nos dias quentes do verão, estão desaparecendo ou resolveram se vestir.

As autoridades municipais estão preocupadas com o novo puritanismo encontrado e acham que poderá provocar um dano à reputação internacional do parque, causando uma queda no turismo da cidade da Baviera. Estão apelando aos naturistas locais que voltem a freqüentar o parque e deixem suas roupas para trás.

Durante os dias quentes de verão das décadas de 70 e 80, cerca de 14.000 nudistas visitavam por dia os 360 hectares arborizados do parque, que representava um décimo do total de visitantes em geral. Hoje em dia, esta proporção caiu para apenas um por cento. Às vezes este número não chega nem a mil pessoas.

O diretor do parque, Thomas Koester, disse "perdemos muitos dos nudistas que fizeram do Englisch  Garten um lugar especial. Especialmente jovens homens e mulheres de boa aparência, que transformavam este lugar numa boa atração, também desapareceram. É um verdadeiro problema. Antigamente famílias inteiras poderiam ser vistas caminhando nuas, como também jovens sentados nos bares ao ar livre."

Constando nos guias turísticos internacionais em países onde a nudez pública não existe, visitantes do Japão, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Itália, França e Espanha enchiam o parque para "comer com os olhos" a carne alemã nua.

Um bom número de hotéis em torno do parque sempre anunciavam os quartos que tinham vistas para os locais de maior concentração nudista com grande destaque.

"Um grande número de turistas vindo da Ásia, como também da Inglaterra, Itália e Espanha saíam de seus caminhos para dar uma parada em Munique para ver os nudistas" diz Koester. "Essas pessoas vêm de culturas onde até mesmo pra se fazer uma sauna deve-se usar roupas de banho". 

"Com poucos nudistas isto pode afetar o turismo", adicionou. "Você pode se sentar em alguma cervejaria ao ar livre em qualquer lugar. A fascinação especial aqui é que você pode topar com alguns nudistas nos bares ou nos caminhos ao longo do parque."

Sentir-se como bicho em um zoológico

Em uma tarde quente de verão quase 30 pessoas estavam usando nada mais que sorrisos ou bronzeados sem marcas estavam esparramadas sobre a gramada colina perto de um pequeno rio.

Elas pareciam esquecidas das centenas de pessoas vestidas que passeavam - maioria delas foi incapaz de conter olhares curiosos.

"Eu me sinto bem em vir ao parque, tirar minhas roupas e relaxar," disse Ilona Scholl, funcionária do correio que vem ao parque há mais de 15 anos.

Usando apenas um cordão, Scoll disse entender o porquê de tão poucos nudistas estarem procurando o sol do parque nos dias quentes de verão.

"O que realmente me aborrece são os olhares fixos de turcos e japoneses ou de homens vindos de países onde não há este tipo de nudismo" disse Scholl. "Eles vêm aqui apenas para olhar de modo embasbacado. É realmente desagradável. Faz eu me sentir como se estivesse em um zoológico.

Gerhard Meyerhof, engenheiro aposentado de 59 anos, disse que ele não conseguia entender porque haviam tão poucos nudistas vindo ao parque, um esplêndido pulmão verde no centro da terceira maior cidade do país, criada no século 19 como cópia do London Park, em Londres.

"É uma tremenda experiência sentir o ar e o vento passear por todo o seu corpo," disse Meyerhof, que estava sendo admirado por um grupo de risonhas senhoras alemães de meia-idade, tirando fotografias de seus traseiros, atrás de um pequeno arbusto.

"Os gregos antigos corriam nus", continua. "De qualquer forma turistas não me aborrecem".

Um grupo de homens jovens estrangeiros caminhavam pelo parque tentando conciliar seus passos com os olhares abobalhados e, no princípio, foram relutantes em admitir os propósitos de sua excursão.

Não, estamos aqui apenas para passear pelo parque", disse Abo Rebhe, um palestino que vive nas proximidades da cidade de Augsburg.

Mas após alguns momentos ele e seus amigos admitiram alegremente que havia uma especial emoção no Englisch Garten e que eles tinham feito a viagem especial a Munique, em seu dia de folga, pra verem de perto os nudistas.

"É claro que eu vim aqui para ver as mulheres bonitas," disse Rebhe. "Não há muitas hoje, mas você pode voltar aqui no sábado ou domingo", disse com um largo sorriso. "Então o lugar vai estar cheio."

Abaixo, fotos do parque de Munique, clique para ampliar


*jorgebarreto@jornalolhonu.com 


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