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Jornal Olho nu - edição N°52 - janeiro de 2005
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Jornal Olho nu - edição N°52 - janeiro de 2005 - Ano V

O Paraíso de novo

por Pedro Ribeiro*

Como se fosse um prenúncio do Verão que ainda estava para chegar, o passeio de escuna realizado no dia 4 de dezembro transbordou em alegria e descontração.

Realizado por Fátima Alves, sob a bandeira de FÁTIMA EVENTOS, em parceria com a estância naturista RECANTO DO PARAÍSO, a embarcação, de propriedade do comandante Zé Paulo, partiu da praia do Machado, em Angra dos Reis, em direção à Ilha Grande, parando para mergulhos em alto mar e atracamentos em praias desertas, tudo isso feito à maneira naturista.

foto: Valdir de Sousa

O grupo que estava hospedado no Recanto Paraíso fez uma viagem muito descontraída no ônibus que o transportou até a praia do Machado.

Na verdade o passeio começou bem antes da hora prevista da zarpagem, 10 horas da manhã de sábado, para a maioria dos passageiros. Eles foram no dia anterior para o Recanto Paraíso, onde pernoitaram e no dia seguinte foram todos juntos num micro-ônibus alugado encarregado de transportá-los do sítio, localizado na cidade serrana fluminense de Piraí até a praia. Mesmo tendo o grupo mal dormido, por terem estado quase toda noite se divertido com o karaokê, a alegria no percurso foi geral.

Outros naturistas já os aguardavam quando chegaram. Eram dois grupos vindos diretamente do Rio de Janeiro, perfazendo um total de 16 pessoas.

foto: Pedro Ribeiro

Fátima Alves e o comandante Zé Paulo dando as instruções aos passageiros, logo após a partida do saveiro

Fátima conta que muitos naturistas desistiram na hora "H", preferindo continuar hospedados no sítio e perderem o "pacote" turístico, por não acreditarem que o tempo fosse ficar bom para o passeio. Como se enganaram!

Apesar de uma noite anterior chuvosa e um amanhecer nada promissor, com direito a nevoeiro e chuva fina (embora não estivesse frio) o sol brilhava em Angra dos Reis desde um pouquinho antes dos grupos chegarem, contou o capitão Zé Paulo, quase acreditando que o tempo abriu especialmente para os naturistas.

foto: Pedro Ribeiro

André Herdy, representante da Ynai no Brasil, foi um dos poucos homens sem companhia feminina presente.

O pequeno grupo (para as dimensões do barco) era constituído basicamente de casais, as exceções eram os três tripulantes, eu e André Herdy, divulgador do grupo Naturistas Jovens da YNAI. 

A embarcação era a mesma da outra viagem realizada em abril deste ano (ver OLHO NU nº 44, maio de 2004 ). Com a experiência adquirida anteriormente o rumo já foi ir para lugares onde o naturismo pudesse ser praticado sem constrangimentos. Assim que saímos do alcance da vista do ancoradouro, todos tiramos nossas roupas. Bem, todos não. A tripulação continuou tímida como da primeira vez.

Na primeira parada em alto mar, pudemos constatar mais uma vez de como é belo aquele litoral do estado do Rio de Janeiro, com águas tão cristalinas e transparentes que se é possível avistar as estrelas do mar "andando" no fundo, a cerca de 4 metros para baixo. Todos lembrando de nossa vocação natural para proteger a natureza deixaram os animais onde foram encontrados. Nada de levá-los para casa com se fossem souvenires

foto : Pedro Ribeiro

As estrelas do mar estão em abundância no fundo do mar. Mas a preservação da natureza fala mais alto e todas são deixadas no seu habitat natural.

Dali alcançamos, já na Ilha Grande, uma nova praiazinha completamente deserta onde ancoramos e fomos fazer a colonização. Pelo visto chegamos tarde, pois havia muitos indícios de que seres humanos já haviam pisado por lá, revelado pelo lixo plástico e até uma churrasqueira abandonada.

Brincadeiras à parte, o que chamou bastante a atenção foi o imóvel em ruínas construído ao lado da praia e que estava à venda, segundo informava uma grande placa presa a ele. Aqui também foi o lugar onde algumas pessoas acreditaram ter descoberto uma areia escura com propriedades medicinais, espalhando a mistura pelo corpo. Outros sustentaram a hipótese de tratar-se nada mais nada menos que poluição. Não houve notícia de quem usou o produto ter ido parar no hospital, até agora. 

foto: Valdir de Sousa

A hora do almoço é a mais esperada, por dois motivos: o ar marinho abre o apetite e a comida do local é deliciosa.

Mesmo sendo farta a oferta de frutas a bordo, a fome apertou e nos dirigimos à praia onde se localiza o restaurante conveniado. Foi o único momento de todo passeio que nos vestimos. Mas foi por uma boa causa. Afinal o ar marítimo realmente desperta muito apetite.

Pós-almoço e de volta ao barco nos dirigimos a uma praia velha conhecida. Aquela na qual, na vez passada, foi nosso porto seguro para ficarmos algum tempo à vontade (até hoje não sabemos o nome da bendita). Na outra ocasião encontramos um único sujeito no local, que aparentemente possui algum tipo de deficiência mental e que foi "subornado" por uma latinha de cerveja para que nos deixasse ficar por lá, sem se incomodar e nos incomodar. Desta feita, porém, ele não estava só e o grupo naturista achou por bem desistir e ir para a mesma praia deserta em que fomos antes do almoço.

foto: Pedro Ribeiro

A praia paradisíaca é um convite ao naturismo.

No caminho, foi o único momento no qual pegamos chuva (passageira, afinal). Ninguém arrefeceu e valeu a pena porque na praia o sol continuava brilhando.

E como tempo passa rápido quando a gente se diverte, já era hora de voltar para ponto de partida. Que venham novos passeios.

*pedroribeiro@jornalolhonu.com 

Veja mais fotos desse passeio clicando sobre as miniaturas a seguir.

Fotos de Pedro Ribeiro e Valdir de Sousa

Assim que ficou fora das vistas da praia o grupo começou a praticar o naturismo.

Em alto mar, foi difícil resistir ao mergulho.

Esse aí é mergulhador mesmo.

A volta ao barco depois de bons exercícios.

A praia deserta e os corpos besuntados pela suposta areia medicinal.

Agora é uma mergulhadora

A tripulação ainda estava tímida para praticar o naturismo.

O imóvel à venda no pequeno paraíso.

A turma do ônibus sempre alegre

Nem mesmo eu resisti ao convite do mar.

Parte do grupo posando para a posteridade.

Os casais curtiram o clima romântico.

Este é o barco que nos proporcionou o delicisoso passeio.

Valdir e Fátima (de costas) nossos anfitriões.


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