A Colina do Sol

Texto e imagens: Pedro Ribeiro*

A Colina do Sol é a primeira vila naturista fundada no país, nascida dos sonhos do então presidente da FBrN Celso Rossi. Situada no município de Taquara, no Rio Grande do Sul, numa região conhecida como Morro da Pedra, é constituída de uma área de mais de 48 hectares, por onde se espalha uma grande quantidade de construções harmoniosamente envolvidas por vegetação natural e reflorestada.

Ela é constituída atualmente por mais de uma centena de cabanas, que são casas de madeira, geralmente ocupando diversos andares, onde moram cerca de 50 colineiros (como são chamados carinhosamente os residentes), com as demais residências sendo ocupadas nos finais de semana por seus proprietários ou ficam disponíveis para aluguel de visitantes.

Há uma grande área de camping que também abriga muitos hóspedes, bem como uma pousada e um hotel que foi reativado para este evento. O restaurante funciona como uma espécie de ponto de encontro de hóspedes e moradores, onde acabam se confraternizando e se conhecendo melhor. Há uma lan house que distribui sinal de Internet de alta qualidade e velocidade para o restaurante e pousada. Há também uma loja de gêneros de primeira necessidade, como uma mercearia, e uma outra de artigos variados como um bazar.

Para a diversão e lazer há uma quadra de vôlei, uma de futebol, a prainha do lago com direito a barco a remo e churrasqueiras. A paisagem é deslumbrante e a natureza se faz presente a todo momento com os diversos pássaros e pequenos animais que circulam livremente, inclusive alguns não tão bem aceitos como aranhas caranguejeiras, mas todos estes seres são tratados com respeito e cuidado que merecem.

Os colineiros são bem sociáveis, há poucos jovens moradores, mas a quantidade aumenta nos finais de semana. Há uma certa moda entre eles de usarem canga amarrada na cintura que a transforma em saia durante todo o tempo, mesmo entre os rapazes. A nudez somente acontece nas horas dos jogos nas quadras. Ao contrário dos homens mais velhos e de maioria das mulheres, cuja naturalidade da nudez é constante.

O clima ajudou bastante o evento. Estava calor durante o dia, mas de vez em quando nublava dando uma aliviada. Todo dia à tarde choveu rapidamente, mas o calor retornava. No entanto à noite sempre refrescava o que tornou as noites bem aconchegantes para dormir e descansar naquele silêncio da natureza. O domingo foi de neblina pela manhã cedo, mormaço perto do meio dia e muita chuva toda a tarde. Mas isto não atrapalhou a realização do churrasco programado, que encerrou oficialmente o Encontro.

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*pedroribeiro@jornalolhonu.com

(enviado em 8/03/10)