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Jornal Olho nu - edição N°231 - Fevereiro de 2020 - Ano XX

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Dia Nacional do Naturismo

 

 

Luz Del Fuego - Dora Vivacqua, que nasceu na segunda-feira de Carnaval de 1917 numa tradicionalíssima família de políticos, empresários e intelectuais de Cachoeiro de Itapemirim, no interior do Espírito Santo. Nos anos 1930, ainda adolescente, Dora foi morar com sua irmã Angélica.

 

Dora era audaciosa nos namoros e no modo de se vestir, odiava sutiãs. Muito antes do biquíni, ela já frequentava a praia de Marataízes (ES) de calcinha e um top feito de lenços. No Carnaval, suas fantasias, feitas por ela mesma, eram mínimas e transparentes. Para essa Eva, o Rio de Janeiro era o paraíso.

 

Mas a fama só vem em 1944, quando ela se torna a atração da noite do Circo Pavilhão Azul como “a única, a exótica, a mais sexy e corajosa bailarina das Américas: Luz Divina e suas incríveis serpentes”. Fazia seu espetáculo na companhia do casal de jiboias Cornélio e Castorina.

 

Como seria sua marca registrada, Dora apareceu nua. A primeira artista do Brasil a fazer isso. Presa, teve que pagar multa na delegacia. E logo passou a acumular uma longa ficha de delitos contra a moral e os bons costumes. Foi expulsa do Teatro Municipal num baile de Carnaval após se fantasiar de Noivinha Pistoleira e dar tiros de revólver no teto do teatro. Em São Paulo, parou o Viaduto do Chá porque decidiu divulgar seu show fantasiada de Iemanjá: nua, com cabelos e pelos tingidos de verde-esmeralda.

 

A nudez, que um dia foi vista como sintoma de uma mente transtornada, depois uma profissão, tornava-se um estilo de vida – e um programa político. No fim da década de 1940 Luz del Fuego se dedica intensamente à teorização do movimento naturista brasileiro.

 

Em 1950 usou de sua influência para pedir ao ministro da Marinha, Renato Guilhobel, a concessão de uma ilha para criar um clube de nudismo. “De forma completamente independente, Dora funda o Clube Naturalista Brasileiro”.

 

O que, no fim, pegou Luz del Fuego não foi seu lado provocadora, mas ecologista. Ela denunciou à polícia que certos pescadores estavam agindo com explosivos nos arredores da ilha. Isso resultava em grande mortandade de peixes. Com sua fama de “mulher da vida”, ninguém deu ouvidos. Exceto os pescadores: em 19 de julho de 1967, os irmãos Alfredo e Mozart Teixeira Dias descem à ilha, recebidos com alarde pelos cachorros e por uma Luz del Fuego portando um revólver.

 

Dizem a ela que seu barco está sendo roubado e a convencem a subir no seu. A alguns metros da costa, ela recebe uma pancada na cabeça e é aberta à faca, como um peixe, amarrada numa pedra e descartada ao mar. Voltam então para fazer o mesmo com seu caseiro, Edigar. Os corpos só são achados em agosto. Com um deles confessando o crime, os pescadores terminam presos. Ainda hoje, as ruínas das instalações do camping e morada final da ativista ainda podem ser vistas na Baía de Guanabara.

 

(enviado em 20/02/20 via Whatsapp)


História do Naturismo no Brasil

 

O vice-presidente da Federação Brasileira de Naturismo, Leonardo Spínola de Miaranda recomenda a leitura do livro "O Natural e o Nu - Uma experiência naturista no Brasil", de Mayara Pavanato. O livro está disponibilizado pelo repositório da UNESP, e conta de forma bem clara, o caminho do Naturismo no Brasil. É só clicar no link abaixo e tara acesso às 86 páginas em formato PDF.

 

https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/120453/000793810.pdf?sequence=1&isAllowed=y

 

(enviado em 10/02/20 via Whatsapp)


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