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Jornal Olho nu - edição N°216 - Novembro de 2018 - Ano XIX |
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Enquanto o Congresso não começou... por Pedro Ribeiro* O hotel onde se realiza o 36º Congresso Internacional de Naturismo está próximo a três praias de nudismo, sendo a mais famosa a praia do Meco, porém é a mais distante. As outras duas são Bela Vista e Adiça.
A parte naturista da praia fica ao sul do estacionamento, após o término da zona têxtil. Segundo informações deveria haver uma placa indicando o início da área naturista, porém eu não a localizei. É uma praia enorme, larga, areia grossa e com um costão de rochas que garantem a privacidade. Não se recomenda ficar muito junto do costão porque há perigo de quedas de rochas a todo momento, provocadas pela erosão pelo vento. Não há qualquer infraestrutura na areia, mas a menos de 200m metros do início da área naturista há restaurantes e banheiros.
Fomos à praia do Salto em um domingo ensolarado. Durante todo o dia deve ter havido cerca de trinta pessoas, muitos casais, a maioria de homens sozinhos. Nenhum cachorro ou criança. Não vi qualquer quebra da ética de comportamento naturista.
Dando prosseguimento a nossa saga, de Porto Covo nos dirigimos para Zambujeira do Mar, ainda mais ao sul, aldeia distante cerca de 40 quilômetros.
É mais uma aldeia balneária, que vive do turismo nas altas temporadas e da exportação de frutas, especialmente framboesas, que são cultivadas em diversas estufas às margens da estrada que leva até à pousada onde nos instalamos.
Segundo informações de Alberto e Tereza, naturistas portugueses frequentadores do lugar, em certas ocasiões a maré sobe muito e a faixa de areia quase desaparece. Raras vezes ficam só as rochas.
Na continuação de nossa caminhada nossa próxima parada foi dirigir-se para Odeceixe, para procurar mais uma praia naturista oficial de Portugal, a praia das Adegas.
Odeceixe é mais um vilarejo balneário turístico. Dos que visitamos até agora este é o menor. Ele, no entanto é composto por duas alas bem definidas. A do centro onde se concentram o comércio, a maioria das pousadas e dos restaurantes e a do Mar, onde estão as praias. Nesta há também comércio, restaurantes e pousadas mas em número muito reduzido e com preços mais salgados. As casas seguem o padrão de serem pintadas de branco, mas nesta aldeia há pouca unidade arquitetônica entre as construções. Também percebi, das três vilas visitadas, é a que tem um pouco mais de sujeira visível, como algumas pichações e um ou outro lixo jogado nas ruas (nada, se comparado às sujeiras encontradas na maioria de nossas cidades balneárias brasileiras).
Compensa, no entanto, cada centímetro gasto da sola do tênis para alcançar Odeceixe do Mar. As vistas são deslumbrantes. Fomos ao local numa quinta-feira de outubro, véspera do feriado nacional português da República. Creio que por causa disso havia um movimento razoável de pessoas com muitos carros estacionados e trailers acampados por toda região. Além disso o tempo estava muito bom, com temperatura elevada para esta época do ano.
A praia das Adegas, praia naturista oficial em Portugal, é acessível pela estrada, onde dá num grande estacionamento para trailers e automóveis. Para chegar à praia desce-se a escadaria de madeira. A praia tem cerca de 100 metros de largura, mas a profundidade depende da maré. No final da tarde a maré recuou também uns 100 metros, fazendo com que o acesso a esta praia não fosse mais necessário pela encosta, mas bastaria caminhar pelo leito de onde momentos antes era o fundo do mar.
Foi desta forma que eu e Carlos encerramos nossa visita à região do Alentejo, procurando conhecer as praias naturistas portuguesas. Foi uma experiência única e gratificante. A região é belíssima e muito organizada. Durante a realização do Congresso Internacional é possível que ainda conheçamos mais duas, próximas ao local do evento.
Agora é esperar o congresso acabar.
*Editor do jornal OLHO NU. Presidente da FBrN
(enviado em 5/10/18 por Pedro Ribeiro) |
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