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Jornal Olho nu - edição N°198 - Maio de 2017 - Ano XVII

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De novo em Tambaba

 

Durante o mês de março, com minha esposa, fomos a Tambaba para uma estadia de três semanas, como fazemos todos anos desde muito tempo. Temos o habito de ir lá depois do carnaval para evitar o tumulto das férias...

 

É sempre um prazer voltar a esta bela praia. Além disso, este ano, Hildebrando, o gerente da pousada Tambaba reformou quartos. Novas pinturas, novos banheiros, camas, ar condicionados trouxeram um novo conforto que deve atrair o cliente brasileiro.

 

Se as coisas melhoraram na Pousada, por outro lado, na praia, está um pouco triste. A associação que pretendia "atuar” e “supervisionar” o naturismo na praia, está presente na praia só domingo à tarde para beber com os amigos. Já, no ano passado, ela parecia inexistente. O major Alex, que ocupou o cargo de presidente de uma das associações por muitos anos, não tem mais tempo para dedicar a esta praia.

 

Devido a esta perturbação, a praia é de novo visitada por uma população mais atraída pela excitação sexual do que pelo lado do naturismo mesmo. Além de alguns frequentadores conhecidos como sendo respeitoso com os padrões estabelecidos, outros vêm para passar na parte isolada da praia onde eles podem divertir-se ou ver traquinagens... Desde dois ou três anos, temos visto aumentar a participação dos homens. Fim da tarde, grupos de homens chegam para ficar até a noite chegar e mais ainda quando a Lua esta cheia. Esta turma, com certeza, não e naturista! Tambaba em breve, com este ritmo, vai se transformar como Abricó, no Rio de Janeiro, com uma forte maioria masculina.

 

As “Caminhadas ecológicas” foram realizadas algumas vezes para divulgar a beleza da natureza nas imediações de Tambaba. Boa ideia. O único problema é que essa balada foi organizada sob os auspícios da Federação Brasileira nudismo enquanto os participantes não são naturistas. Até recentemente, essa balada terminou com uma passagem na praia, no meio de pessoas nuas, provocaram reclamações e respostas. Este tipo de provocação, sob o pretexto da promoção do naturismo é absolutamente inapropriado em um país onde o naturismo é tão frágil. Temos, na França, grupos de naturistas que organizam caminhadas naturistas. A diferença esta que eles andam nus e atravessam espaços como florestas ou parte das montanhas. Quando o caminho deve passar por uma vila ou pequena aglomeração, uma propaganda é feita para avisar a população que um grupo de pessoas nuas vão caminhar.

 

O governo da Paraíba iria desenvolver o turismo, criando um grande centro naturista em Tambaba, na imagem de Cap d'Agde! O chefe do turismo não é, longe disso, naturista, e ouvi algumas opiniões de quem deseja promover este hedonismo segundo os sonho de alguns que querem reorganizar a praia. Existe na França, melhores exemplos de centros naturistas, como Héliomonde ( http://www.heliomonde.fr/fr, http://www.heliomonde.fr/fr/video-naturiste), Euronat, perto de Paris, Montalivet (http://www.chm-montalivet.com/), ao lado de Montalivet (http://www.euronat.fr/en/, http://www.euronat.fr/en/naturist-holidays-at-euronat/the-children/) à beira mar, perto de Bordeaux, La Jenny (http://www.lajenny.fr/, http://www.lajenny.fr/?-Videos-), também perto de Bordeaux. Temos muito sítios organizados para receber famílias. E fácil entrar nos site Internet, basta pesquisar no Google! (ex: http://fr.naturisme.france.fr/centres-et-plages-naturistes/  , http://www.naturistguide.eu/e/naturist_holidays/3/campsite/france.html.

 

O naturismo brasileiro deve absolutamente proteger a palavra “Naturismo”! Quando eu vejo propaganda sobre “A pousada naturista liberal Villamor, reservada para adultos“ , isso me parece uma coisa inadmissível. O naturismo e familiar; A federação deve batalhar contra este tipo de desvio.

 

Fico muito preocupado com a evolução do naturismo brasileiro. Tem pessoas que querem ira rápido demais. Se é preciso de tomar exemplo da França, é muito importante também de não esquecer que temos um século de luta para obter o que temos aqui. Também a federação francesa consegue fazer muitas coisas porque somos solidários e seguimos o mesmo ideal. Aqui temos uma cultura naturista certa e não tem nenhuma confusão entre naturismo, nudismo, hedonismo etc. Cada um tem um espaço diferente e cada um esta vigilante a não misturar um com o outro (exceto Cap d’agde, que permanece um grande problema).

 

Depois da revolução de 1974, Portugal se liberou da censura e conseguiu criar a federação naturista portuguesa em 1977. Hoje, esta federação funciona perfeitamente, os naturistas portugueses têm varias praias onde praticar sem problema de comportamento nem poluição da turma “swing”. Os portugueses praticam um naturismo familiar. Porque isso não existe no Brasil? Apesar de fazer grande palestra sobre o que é ou deveria ser o naturismo, vale mas ir nos sítios e praticar e ajudar os iniciantes. Eu sou leitor de “Olho nu” desde o início. Nesta revista da Internet do meu amigo Pedro, pode se ler muitas teorias e conselhos sobre a prática do naturismo, mas nada sobre a luta contra os destruidores do naturismo.

 

De Paris, França, Jacques Lemaire, naturista Francês.

jl.pegasus@wanadoo.fr
 

(enviado em 22/04/17)


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