') popwin.document.close() }

Jornal Olho nu - edição N°197 - Abril de 2017 - Ano XVII

Anuncie aqui

Sabadão peladão do Centro ao Leme!

Márcia Assumpção

 

A pedalada pelada aconteceu em alguns países do Hemisfério Sul, no dia 11 de março de 2017 (sábado). Por volta das 18 horas as pessoas foram se reunindo no cine Odeon na Cinelândia, no Rio de Janeiro. Inicialmente o evento parecia ser frágil com poucas pessoas. Que foram logo interagindo entre si, num clima de amizade, uns pintando os outros. Aos poucos foi chegando gente, e aumentando a euforia da galera. Pareciam ansiosos. No entanto foram orientados a permanecerem vestidos, até chegar a primeira parada predefinida, atrás da Bliblioteca Nacional.

 

Claro! Nem todos ficaram nus. Mas cerca de 70 % dos homens se despiram. Entre as mulheres apenas 50% fizeram topless e apenas cerca de 8 mulheres, ficaram totalmente nuas. Entre elas, mulheres que frequentam a praia de Abricó.

 

O evento que é uma critica a conduta criminosa de motoristas de automóveis, ônibus, caminhão no trânsito, que apesar das leis não respeitam os sinais preferenciais, as faixas da ciclovia, nem a VIDA dos ciclistas. Acontecem diversos atropelamentos no trânsito. Então o evento estabelece uma crítica sobre o que seja a real indecência. Os participantes tentam ressaltar que a nudez que é considerada indecente pela sociedade, não é nada comparada a INDECÊNCIA dos crimes contra as vidas dos ciclistas no trânsito do Rio de Janeiro. Todos os dias, pelo menos há uma vítima fatal. Isso porque muitos ignoram os ciclistas e as leis de trânsito.

 

Foram usadas várias frases em conjunto.

"Mais amor e menos motor" ( Alertando a importância dos ciclistas para o meio ambiente) diminuindo a emissão de CO2.

"Indecente não é a nudez e sim o trânsito"

"Indecente é morrer todos os dias ciclistas vítimas dos descasos do governo e dos motoristas".

 

Todos foram orquestrados durante o percurso pelos ativistas e promotores do evento. Que em alguns trechos interromperam o tráfego no caminho escolhido a ser percorrido. A escolha do trajeto foi feita pela a maioria dos que estavam na concentração no Odeon. Cerca de 80 pessoas, ainda na Cinelândia. Todo o grupo, aproximadamente de 120 pessoas, deu o seu máximo em cooperação e proteção uns aos outros. Se esforçaram em se manterem bem coesos durante todo o percurso. Pelo caminho o grupo foi sendo acrescido por ciclistas que estavam na rota.

 

Tivemos também participação de skatistas, um cadeirante de carona segurando bicicletas para aumentar sua locomoção e um monociclo. E uma participação especial de uma moradora do Leme, que nos encontrou no percurso e nos seguiu ate o banho de Mar, que fez questão de ser nu. Além de comentar, que nasceu ali em Frente da praia, e realizou o sonho de uma Vida toda, tomar um banho nu no local.

 

Infelizmente nem tudo foi flores. Houve no meio do caminho uma tentativa de assalto. Tentaram roubar um ciclista, que foi salvo por outros colegas, obrigados a lutar fisicamente para retomar a bike do colega manifestante.

 

Havia pessoas esperando o evento com seus celulares gravando ou tirando fotos. Muitos aplaudiram, no entanto alguns tentaram ofender o grupo com palavras chulas e desnecessárias. Mas tais atitudes foram ignoradas pelo grupo, não acontecendo nenhum ato de violência ainda mais grave.

 

A policia agiu de forma pacifica aos manifestantes, e só se aproximou na finalização do evento. Já na praia do Leme.
 

(enviado em 14/03/17 por Márcia Assumpção)

 

Leia matéria no jornal O GLOBO

Veja muitas fotos no Flickr


Olho nu - Copyright© 2000 / 2017
Todos os direitos reservados.