Imagens
no Naturismo prejudicam a imagem do Naturismo?
O jornal OLHO NU
lança esse debate aberto a quem quiser participar. Com o avanço da
tecnologia é cada vez mais difícil evitar que imagens não autorizadas
sejam capturadas nas áreas naturistas, públicas ou privadas. As
regras da Federação Internacional de Naturismo são claras, mas muita
gente as ignora. Gravar ou fotografar sem autorização prévia de todos os
focalizados está sendo uma atitude comum de pessoas que visitam ou
frequentam as áreas naturistas, principalmente em ocasiões festivas. O
maior problema é saber o que será feito com as imagens capturadas. Se
fossem apenas distribuídas nas páginas de sites de divulgação do
Naturismo, menos mal. Mesmo assim nem todo mundo que visita ou frequenta
área naturista gostaria de se ver nu em fotografias tiradas por
terceiros, que poderão ser copiadas e divulgadas em sites antagônicos ao
Naturismo. E é esse o maior problema.
Por
outro lado normalmente pessoas, que visitam pela primeira vez locais
onde não estiveram antes, gostam de registrar momentos, e eu me refiro a
qualquer lugar, mesmo não sendo naturista. Isto é natural ao ser humano.
As fotos são tiradas sem autorização prévia e as pessoas que
eventualmente são focalizadas não parecem se importar. O que será feito
com aquelas imagens? Ninguém sabe e, aparentemente, ninguém se importa.
É claro que o diferencial está na nudez. Está também na dificuldade da
aceitação da nudez tanto por parte de quem fotografa como daquele que é
focalizado. No primeiro caso, a não ser que o fotógrafo seja tarado, não
é muito comum pessoas focalizarem partes genitais, seios e bundas
vestidas, mas quando há nudez muitas das imagens tentam destacar
justamente estas partes que fazem parte do conjunto do ser humano. No
segundo caso, grande maioria dos nudistas não se importaria de ter estas
partes do corpo fotografadas se estivessem vestidas. Mas despidas, não.
Uma
matéria publicada no jornal canadense
Times Colonist em maio passado tratou justamente do incômodo que
os banhistas de Wreck Beach sentem ao serem fotografados por voyeurs
e recorreram às leis para ver se era possível impedir essas ações. No
entanto, veja o resultado publicado no jornal:
Os nudistas de Wreck Beach
pediram aos parlamentares para protegê-los de serem fotografados nus na
praia, mas os parlamentares não concordaram. Vic Toews, o futuro
ministro da Justiça, conservador, argumentou que a expectativa de
privacidade não se aplica a propriedade pública e "os naturistas de
Wreck Beach querem as duas coisas" -estarem em área pública e sentirem
em áreas privadas. Mas Green escreve que os nudistas podem ter uma
expectativa razoável de privacidade se estatutos municipais ou
sinalizações oficiais em praias públicas apoiarem a sua posição.
(colaborou Richard
Pedicini, de São Paulo, em 2/11/15).
Na opinião do leitor
Joaquim Mariano "as máquinas fotográficas profissionais e
semiprofissionais estão caindo em desuso, substituídas pelas câmaras
eletrônicas de celulares. Aquelas máquinas, tinham o objetivo específico
de se fotografar e eram mais visíveis, facilitando o “policiamento” das
ações fotográficas. Com os celulares esse “policiamento” torna-se muito
difícil devido à profusão de aparelhos em nãos de quase todos os
frequentadores de praias naturistas. Há que se conscientizar os
capturadores de fotos nesses locais. (de Goiânia, em 4/11/15).
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(atualizado em 5/11/15) |
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