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Jornal Olho nu - edição N°170 - Janeiro de 2015 - Ano XV

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A partir deste ponto republicação das matérias apresentadas originalmente na seção "Últimas Notícias" do jornal OLHO NU,  entre 1 e 31 de dezembro de 2014

S.O.S Galheta! Preservemos a Galheta, única praia virgem em toda a Ilha de Santa Catarina.
Por que isto é importante

Assine a petição: https://secure.avaaz.org/ clique aqui

Tomar banho de sol ao natural e mergulhar sem roupa é prática muito antiga no Parque/Praia da Galheta, Florianópolis/SC – Brasil. Entretanto, com base no preconceito contra o corpo humano, a violência e as agressões físicas e morais eram correntes na Praia antes da legalização do nudismo em 1997. Esta prática foi oficialmente autorizada pela Câmara Municipal de Florianópolis (Lei CMF 195/97)* para coibir agressões então frequentes sob alegação de homossexualismo e atentado violento ao pudor. O nudismo era criminalizado e justificava agressões de todo o tipo, inclusive assassinatos, por conta de um puritanismo hipócrita alimentado por interesses imobiliários.

Este foi um dos graves erros dos colonizadores que desrespeitando a cultura nativa do país impuseram roupas aos povos indígenas. Não fosse esta violência contra a cultura indígena não estaríamos hoje sob o jugo do preconceito contra nossa própria natureza. Vale lembrar que esta postura não tem a menor preocupação com a preservação ambiental; polui e arrasa nossas riquezas naturais sem o menor escrúpulo. É isto que está embutido no projeto de Lei ora proposto pelo Vereador de Florianópolis Bispo Jerônimo Alves Ferreira que pretende criminalizar o nudismo para retornar às agressões e violências impunes de tempos idos. Contamos com sua presença e apoio na audiência pública às 14h do dia 21 de agosto de 2014, quinta-feira, no Plenarinho da Câmara Municipal de Florianópolis, rua Anita Garibaldi, 35, 1º andar - Centro.

Os naturistas através da Associação Amigos da Galheta, AGAL, criada em1995 e declarada de Utilidade Pública Municipal (Lei 5.465/99), sempre tem defendido a preservação integral do Parque da Galheta e a erradicação de práticas agressivas ao mesmo e aos seus frequentadores, tais como: ocupação imobiliária, queimadas anuais da vegetação do Parque para criação de gado, poluição e perseguição feroz aos homossexuais. A AGAL se tem empenhado na limpeza da Praia, presença policial e de guarda-vidas e na luta contra qualquer tipo de discriminação.

Não fosse esta luta, a praia da Galheta hoje estaria entregue à exploração imobiliária e já não seria um valioso e quase intocado Paraíso Ambiental para onde acorrem visitantes de todas as partes do Planeta. Eles vem para esta praia por ser um espaço livre para todos, vestidos ou não, sem ocupação imobiliária e se encantam com sua radiante beleza.

Na luta contra a ocupação imobiliária expressamente proibida pela Lei nº 3.455/90 que cria o Parque da Galheta, a AGAL contou com o decisivo apoio do Ministério Público Federal para demolição da primeira construção na praia, embrião de um grande projeto hoteleiro. O mesmo Ministério Público Federal está hoje empenhado em controlar e inibir a ocupação devastadora das áreas de marinha da Lagoa da Conceição.

Os praticantes do Nudismo/Naturismo e a Associação Naturista Amigos da Galheta, AGAL, tem contribuições valiosas tanto para a preservação integral do Parque quanto para a frequência livre e democrática da Praia. A par das conquistas em favor do Parque continuam pleiteando melhorias nas trilhas de acesso à Praia e Policiamento Ambiental e Militar, exatamente para coibir a devastação da natureza, comportamentos inconvenientes e agressões tanto nas trilhas de acesso como na própria praia.

Estas inconveniências não são privilégio da Praia da Galheta ou dos espaços naturistas tão comuns em todo o mundo.

Se a proibição do Nudismo acabasse com estes comportamentos, nossos espaços públicos, onde o Nudismo não é permitido, não teriam os mesmos problemas.

Contamos com o seu apoio e assinatura no Avaaz para que a Galheta continue a ser um espaço preservado e livre para todos, inclusive para os naturistas e praticantes do nudismo.

O Vereador que pediu a Proibição do Nudismo em todo o Parque da Galheta reconheceu seu erro e pediu o arquivamento do projeto. Elogiou o código de Ética do Naturismo e prometeu encaminhar requerimento exigindo maior compromisso do poder público tanto no policiamento como nos cuidados com a preservação ambiental do Parque e manutenção de suas trilhas.

O naturismo na Galheta deve voltar à pauta de discussões na Câmara com o projeto de delimitação e ampliação dos limites do Parque da Galheta e na elaboração do Plano de Manejo há muito pleiteado pela AGAL.

(enviado por Miriam Alles)


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