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Jornal Olho nu - edição N°164 - Julho de 2014 - Ano XIV

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Reality show com competidores nus está em alta na TV dos EUA

Para críticos, após duas décadas do reality shows, redes apelam para surpreender o público; Discovery Channel foi o pioneiro

A fórmula de alguns programas de namoro na TV já ficou bem conhecida: um grupo de solteiros e desimpedidos viaja para uma ilha paradisíaca, onde participa de competições e passa por vários testes para definir, no final do programa, quem será o (a) escolhido (a). A novidade? Agora os participantes estão nus.

Esse é o conceito de Dating Naked ("Paquerando Pelado", em tradução livre), o novo reality show do canal VH1, distribuído na TV a cabo americana.

O Discovery Channel foi o canal primeiro a tentar a sorte com um programa do gênero, Naked and Afraid ("Pelado e com medo", em tradução livre), que estreou um ano atrás. No programa, dois competidores do sexo oposto devem sobreviver como vieram ao mundo em um local remoto por 21 dias em condições difíceis.

A transmissão do primeiro episódio, em junho de 2013, conseguiu atrair mais de 4 milhões de espectadores - a melhor audiência de estreia do Discovery em vários anos. Agora o programa é um dos mais vistos no disputado horário de domingo à noite.

Além de Dating Naked, recentemente se juntaram à programação de televisão nos Estados Unidos os programas Buying Naked ("Comprando Pelado") e Naked Vegas ("Pelado em Las Vegas").

No primeiro, corretores de imóveis tentam vender casas para potenciais compradores em uma comunidade nudista na Flórida. Já Naked Vegas, no canal SyFy, mostra as aventuras da proprietária de uma loja de pintura corporal em Las Vegas, apelidada de "Cidade do Pecado".

Apesar dos nomes sugestivos, esses programas não mostram muito na nudez dos protagonistas - as partes íntimas aparecem pixelizadas ou estrategicamente cobertas por mobiliário ou decoração. Os telespectadores precisam usar a imaginação.

Os produtores de Dating Naked consideram o programa "um experimento social" para ver como dois estranhos se comportam sem roupa. Já os realizadores de Naked and Afraid insistem que a nudez não é o principal elemento da trama, mas sim a habilidade dos participantes em sobreviver em um ambiente hostil.

No caso de Buying Naked, o canal TLC aponta que o programa tem como objetivo mostrar a realidade dos amantes do naturismo, com a qual o público não está familiarizado. Porém, os críticos de TV enxergam os programas de maneira diferente.

Muitos argumentam que, duas décadas após a estreia do primeiro reality show na TV, é difícil surpreender o público. Apresentar competidores pelados é como os programas tentam se diferenciar da concorrência.

"Assim como acontece com os demais programas, os reality shows são cíclicos", afirma Oriana Schwindt, editora da revista americana TV Guide Magazine.
"Por um tempo, todos faziam competições culinárias, até que a audiência começou a declinar. Teve também uma época em que estavam na moda competições de canto. Ultimamente notamos que elas também já não são tão bem sucedidas", disse Schwindt à BBC.

"Os canais precisam se diferenciar da concorrência e competições com pessoas nuas é uma maneira de fazer isso. Além do quê, esses programas têm custo de produção relativamente baixo, portanto, são muito atraentes para as emissoras."

Segundo Schwindt, os produtores desses reality shows "não têm problema em admitir que o formato é destinado a elevar a audiência, mesmo que estejam chegando aos limites".

Fusão de formatos

Dominic Patten, editor de TV da publicação especializada Dateline Hollywood, observa um outro fenômeno na tentativa dos canais de cabo de reinventar o formato dos reality show.

"No caso de Dating Naked, por exemplo, estão se fundindo dois formatos: um clássico, que é o namoro na TV, com um novo, que são os participantes pelados", disse Patten.

"De qualquer forma, a nudez tem sido parte de reality shows desde o início. Concorrentes são frequentemente exibidos sem roupa em todas as oportunidades."

O jornalista não está convencido de que a moda dos pelados vá durar muito tempo, porque "uma vez que os telespectadores se acostumarem, perde o fator novidade".

Já Oriana Schwindt acredita que enquanto o público continuar assistindo, as emissoras continuarão a apostar na nudez. Mas ela acredita que existem limites.

"Eu não acho que veremos em breve uma versão de Dança dos Famosos em que os competidores apareçam nus", brinca Schwindt.

"Muitas pessoas não querem vê-lo e vai ser difícil implementar, não é?"

Leia a matéria completa em http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo

(enviado em 23/07/14 por Cesar Fleury via Papo Naturista)

A partir deste ponto republicação das matérias apresentadas originalmente na seção "Últimas Notícias" do jornal OLHO NU,  entre 1 e 30 de junho de 2014

Copa do Mundo aumenta movimento de praia nudista no Rio

O portal R7 faz mais uma matéria na praia do Abricó sobre o aumento da frequência por causa da Copa do Mundo. Veja a matéria completa em http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/fotos/copa-do-mundo-aumenta-movimento-de-praia-nudista-no-rio-26062014#!/foto/1

A praia de Abricó — refúgio naturista na cidade do Rio de Janeiro — fica encoberta por uma vegetação densa de Mata Atlântica que a protege de olhos curiosos, na estrada da Guanabara, em Grumari, na zona oeste do Rio. Em tempos de Copa do Mundo, a estreita faixa de areia branca de aproximadamente 250 metros de extensão viu seu movimento quase triplicar desde o início do Mundial. Entre os mais novos visitantes, a maioria é europeia. Chilenos, argentinos e norte-americanos também marcam presença no local. Veja fotos!

Reportagem: Rodrigo Teixeira, do R7

O professor de Educação Artística Pedro Ribeiro, fundador e presidente da Anabricó (Associação Naturista de Abricó), afirmou ao R7 que, no inverno, a frequência nos finais de semana e feriados é de cerca de 70 pessoas e, devido à Copa, esse número quase triplicou.

— Já tivemos quase 200 pessoas aqui em Abricó no último fim de semana. É uma maravilha saber que naturistas de diversos países escolheram Abricó como destino e estão aprovando o que estão vendo por aqui.

Retratados na foto que abre esta galeria, Jorge Cloud, de 40 anos, Iguesa Milaz, de 36 anos, são naturistas franceses e, antes de virem ao Brasil, pesquisaram sobre refúgios naturistas. Aqui no Brasil fizeram questão de conhecer Abricó. Cloud estava um pouco resistente ao falar com a reportagem do R7, mas, após um sorriso de Milaz, a conversa correu normalmente. Milaz queria se enturmar e fazer amigos na praia.

— Estamos aqui para fazer amigos, estou muito contente. Viemos para assistir ao mundial, e estamos aproveitando para conhecer o Rio, tivemos sorte de encontrar Abricó. Olhando estas famílias aqui é muito bom. Queremos que nossos filhos possam crescer nessa realidade

O casal Patricio Cortez, de 39 anos, e Cecilia Velles, de 37 anos, são naturistas chilenos da praia Luna, em Viña del Mar, e visitaram Abricó pela primeira vez. Cecilia contou ao R7 que ficou apaixonada pela tranquilidade do local.

— Eu vim para o Brasil com o meu marido ver o jogos da Copa do Mundo, Chile x Espanha! Hoje, vim tomar sol na praia. Estou gostando muito de Abricó e aqui estou muito contente. Amei a tranquilidade deste lugar.

Amilton Alves, de 49 anos, é uma espécie de segurança da praia de Abricó. Ele zela para que as regras sejam cumpridas. Alves explica para quem não conhece o modo de vida dos naturistas.

— Algumas pessoas vêm com intuito diferente do que é o naturismo, só porque está achando que tem mulher nua é bagunçado, não é bem assim, naturismo é respeito e eu ajudo a manter a ordem, eu sou um dos primeiros que veio para cá e aqui o que eu faço é um serviço social.

A Anabricó bate ponto e garante que qualquer banhista fique nu sem sofrer constrangimento. Um dos desafios de Pedro é conscientizar as pessoas sobre o naturismo, desmistificar o nu e combater o preconceito.

— Oficialmente, temos 757 associados cadastrados, mas somente uns 70 pagam a taxa que cobramos rigorosamente. O nosso desafio aqui é combater o preconceito com o corpo nu, garantir a prática do naturismo e manter esse ambiente familiar, tranquilo e seguro.

Um dos diferenciais da praia de Abricó está no fato de o local permitir a entrada de homens e mulheres solteiros e não apenas casados, como acontece em outras praias de naturismo do Brasil. A média de idade dos frequentadores é de 30 anos.

(enviado em 26/06/14 por ANAbricó)  


Presença de estrangeiros mais que dobra público em praia de nudismo no Rio

Maria Luísa de Melo
Do UOL, no Rio

Imagens: Zulmair Rocha

Fonte: http://noticias.uol.com.br/cotidiano

A Praia de Abricó, trecho da orla do Recreio dos Bandeirantes (zona oeste do Rio de Janeiro) destinado à prática do nudismo, ganhou novos visitantes com o início da Copa do Mundo. No primeiro final de semana após a abertura do Mundial, o número de frequentadores mais que dobrou --saltou de 40 por dia para cerca de cem. Entre os mais novos visitantes, estão europeus, argentinos e brasileiros vindos de outros Estados.

"Em dias de verão, a Praia de Abricó chega a receber até 500 visitantes, já no friozinho de outono dificilmente passamos dos 40. Para nossa surpresa, neste fim de semana o número foi bem maior", afirmou o presidente da Associação de Naturistas de Abricó (ANA), Pedro Ribeiro. "Para nós isso é importante para a popularização do naturismo, porque muita gente tem preconceito. Naturismo não é bagunça. Além disso, há expectativa de que o número de visitantes aumente ainda mais nos próximos dias."

Além da tradicional reunião dos sócios da ANA para um jogo de peteca com todos nus e muita conversa, o último domingo (15) foi marcado por uma grande festa junina. O "arraiá" reuniu homens e mulheres de várias idades, inclusive crianças. Entre as brincadeiras preferidas dos naturistas estavam corrida com os pés amarrados, além de corrida de saco e gincana para catar lixo na praia.

Um geógrafo alemão de 26 anos, que preferiu identificar-se apenas como Florian, conta que conheceu o reduto naturista pela internet. Ao chegar ao Rio, sua intenção era conhecer uma praia mais vazia e reservada. Foi aí que descobriu Abricó.

"Não consegui ingresso para os jogos da Copa, mas decidi vir ao Rio de Janeiro mesmo assim. Me debrucei a conhecer a cidade e acabei descobrindo esse paraíso", disse o turista adepto do naturismo. "Às vezes não entendo os brasileiros. As mulheres vão à praia com biquínis muito pequenos, mas as pessoas se chocam com banhistas nus. Qual a razão de tanto espanto?"

Um dos frequentadores mais antigos, o capitão de mar e guerra Paulo Pereira, 60, conta que, apesar da tranquilidade do trecho, ainda há muitos não praticantes de naturismo que insistem em adentrar o trecho reservado por curiosidade.

"Não somos bichos para ficarmos sendo observados. Muita gente entra aqui só para nos olhar nus e apontar, como se Abricó fosse um zoológico humano", reclama um dos organizadores da festa junina. "No último sábado [14] tivemos que chamar a polícia para um cidadão que insistiu em ter um comportamento incompatível com o naturismo, foi desrespeitoso. Aqui nós somos um grupo de convivência que tem um laço muito forte de amizade. E de muito respeito acima de tudo."

Apesar de também se queixarem de preconceito por quem não é adepto do naturismo, um casal de empresários de Minas Gerais que preferiu não se identificar conta que o diferencial de Abricó está no fato de permitir a entrada de homens e mulheres solteiros e não apenas casados, como acontece em outras praias de naturismo do Brasil.

"Já estivemos em nas praias de Tambaba [Paraíba], Pinho [Santa Catarina] e Massarandupió [Bahia] e nenhuma delas permite pessoas desacompanhadas. Em Abricó, apesar da ausência do poder público, que não provê a segurança e limpeza adequada ao local, a entrada de solteiros é permitida. E eu vejo isso com bons olhos", diz o mineiro. "Afinal, solteiros também podem ser naturistas."

Briga judicial

A praia de Abricó teve autorização da Prefeitura do Rio para a prática naturista em novembro de 1994, por meio de uma resolução municipal. No mesmo ano, o advogado Jorge Beja conseguiu sete assinaturas, entrou com uma ação popular e obteve uma decisão judicial que proibiu a prática de nudismo na praia.

Sete anos depois, a decisão foi revertida, e o nudismo voltou a ser praticado em Abricó. Mas a vitória não durou muito, e uma nova decisão judicial contra o nudismo teve que ser acatada. Até que, em setembro de 2003, com a chegada do caso ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), o nudismo voltou a ser liberado nas areias de Abricó. Não cabe mais recurso. O UOL não conseguiu entrar em contato com o advogado.

(enviado em 16/06/14 por Lucas Pinheiro)


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