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Jornal Olho nu - edição N°124 - março de 2011 - Ano XI

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 CUIDANDO DAS JANELAS DA ALMA!

por Aguinaldo da Silva*

Os nossos olhos são órgãos que nos ajudam a perceber a realidade que está a nossa volta. Estes funcionam também como filtros que nos oferecem uma noção da realidade, que nem sempre é a mais verdadeira ou real. Quando alguém elogia a beleza de uma pessoa ou objeto, não é raro se ouvir dizer: são seus olhos! No passado quando se tinha dúvida sobre a veracidade de alguma coisa, a palavra final era do rei. Se este dissesse que aquilo era verdadeiro, o mesmo passava a ser real.

Os nossos olhos, ou o olhar que lançamos sobre as coisas estão relacionados com nossos conceitos e idéias. O olhar simboliza a forma de pensar de cada um. Os pensamentos têm uma influência determinante sobre as emoções e o comportamento de uma pessoa. Dependendo da educação, das experiências em relação com o ambiente e de como a pessoa lida com tudo isso, ela pode desenvolver um conjunto de crenças e valores pelo qual passa a interpretar o mundo e sua relação com ele.

A forma de vermos o mundo pode gerar uma imensidade de transtornos para nós e aqueles que nos cercam. Quando formamos conceitos baseados numa observação superficial ou carente de conhecimento prático, construímos lentes que distorcem nossa visão.

Jesus exortou a arrancarmos um olho defeituoso, se este estiver nos desviando do bom caminho. “E, se o teu olho te escandalizar, lança-o fora ... (Marcos 9.47).

Ele propôs uma solução radical, não disse que bastaria apenas limpar os olhos. Temos que recriar nossa visão de mundo, caso esta estiver fazendo-nos errar o alvo. Um processo que demanda renovação da mente ou pensamento.

Pensamentos bons devem ser sempre nutridos. Somos constantemente bombardeados com informações ruins que despertam pensamentos negativos. O recurso que temos à disposição é procurar ocupar os pensamentos, na maior parte do tempo, com temas positivos ou que promovam bem estar. Para tanto, precisamos cuidar com aquilo que ocupa nossos sentidos. Este é apenas um dos passos.

Outro é rever nossa escala de valores, aquilo que classificamos como princípios e costumes. Os princípios são eternos, enquanto os costumes se alteram conforme lugar e época.

Um julgamento correto vem de uma interpretação isenta de preconceitos, ou seja, sem deformações pela forma de perceber a realidade. Temos que verificar se a forma com que julgamos as pessoas considera elas como realmente são, no contexto em que vivem ou estão: nuas ou vestidas, pertencendo a este ou aquele grupo social.

Quando os nossos olhos estão curados passamos a ver os outros sob um prisma positivista, onde há lugar para o amor e a compreensão. Vemos a nós mesmos de forma mais autêntica, sem tornar-nos ansiosos por causa das vaidades deste mundo.

Este é um dos aspectos mais importantes para nossa felicidade e com certeza participativa na de outras pessoas também.

Um mundo melhor depende dos olhos de quem o percebe!

(enviado em 17/02/11)


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