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Jornal Olho nu - edição N°123 - fevereiro de 2011 - Ano XI

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A partir deste ponto, republicação e/ou atualização das notícias e informações publicadas na seção Últimas Notícias entre 3 de janeiro e 3 de fevereiro de 2011

Dois pesos e duas medidas

 

Nelci Rones foi preso perto de Tambaba, faz quase um mês, e até agora o que apareceu contra ele é que ele tinha fotos naturistas de crianças, na maior parte, dos seus próprios filhos.

 

Revista QUEM

Parece que ele não está sozinho neste pecado. Em março de 2009, a revista QUEM publicou fotos de Pietro, filho de Giovanna Antonelli e Murilo Benício, tomando banho de mar pelado na praia de Grumari.

 

Pela lógica da Prefeitura de Tambaba, na praia de Grumari, pode; ao lado na praia de Abricó, não poderia, pois praia de nudismo é impróprio para menores de 18 ...(Vale notar que o blog do link vende publicidade ligado a palavras-chaves; a palavra "filho" na matéria, leva para a propaganda "Quem não tem Roupa Suja para Lavar que atire a primeira tampinha").

 

Bauer-Griffin

Ainda, encontramos uma foto da brasileira Gisele Bündchen na praia com seu filho Benjamin, nove meses depois que ele veio ao mundo, e ainda vestido da mesma maneira.

 

Presume-se que a Gisele não falte dinheiro para vestir o pimpolho nem estilista disposto a fazer isso grátis.

 

É opção mesmo, que assim é a maneira mais confortável para o filho curtir a praia.

 

Que diferença há entre estes fotos e as de Nelci Rones?

 

Bem, sem nenhum desrespeito ao Nelci Junior, que nem conheço, uma comparação de fotos do próprio Rones e de Gilsele Bündchen sugere que é provável que Benjamin aos nove meses fosse mais bonitinho que Júnior na mesma idade. Ainda que todos os nenês são bem semelhantes tanto na sua beleza quanto em sua nudez.

 

Outra diferença é que Nelci está sendo mantido preso para verificar a possibilidade de que suas fotos foram veiculadas pela Internet. No caso de Gisele e Giovanna, nem é preciso verificar - já está comprovado, pelos links acima.

 

A lei é para todos, e deve tratar todos da mesma maneira.

 

Sugiro, então, que a polícia e a promotoria de Paraíba devam, de imediato, prender Gisele Bündchen e Giovanna Antonelli. Podem até compartilhar a mesma cela de Nelci Rones. Pelo menos isso tornaria mais agradável sua espera para a Justiça de Paraíba.

 

Texto de Richard Pedicini

 

(enviado em 12/01/10 por Peladistas Unidos)


Sem qualquer prova contundente da prática de pedofilia, naturista continua preso apesar de não haver vítimas

 

Página escaneada do jornal, clique para ampliar

A prisão do naturalista Nelci Rones Pereira de Souza, ex-presidente da Sociedade Naturista de Tambaba (Sonata), acusado de prática de pedofilia de distribuição de imagens de crianças nuas na internet, pode estar se transformando num clássico caso de "linchamento moral". Até agora, nem o Ministério Público Estadual e muito menos a Policia apresentou prova contundente de que Nelci Rones tenha, de fato, praticado atos criminosas contra crianças.

 

Nelci Rones foi preso numa operação coordenada pelo Ministério Público Estadual contra a pedofilia. A ação foi plenamente gravada por praticamente todas as redes de televisão e publicada nas edições de todos os jornais do Estado. Com ele, foram encontradas várias fotografias de crianças e adolescentes nuas.

Dito dessa forma, parece que Nelci possuía apenas fotos de crianças e adolescentes. Na verdade, o naturista tinha também em seu poder outras fotos com adultos sem roupas, em praias de nudismo.

Ao que tudo indica, Nelci Rones foi vítima de um grande equívoco e, agora, vai ficar difícil para o Ministério Público admitir publicamente que prendeu, expôs em frente de câmeras de tevê e fotografias de jornais uma pessoa inocente.

 

A operação coordenada pelo MPE chegou a Nelci Rones a partir de denúncia anônima de que ele recebia crianças e adolescentes em casa, no município do Conde, onde ocorreriam abusos sexuais. Na residência do naturista a operação localizou apenas fotos de pessoas nuas, inclusive de crianças e adolescentes. De posse das fotos, não foi difícil para o Ministério Público efetuar a prisão em flagrante de Nelci Rones. E é exatamente aí onde pode ter se estabelecido a diferença entre o fato e a versão. Para a Polícia e o Ministério Público, a simples posse de fotografias de crianças e adolescentes já caracteriza crime de pedofilia.

 

Mas o depoimento dos filhos do naturista muda completamente o rumo da versão alardeada pelo MPE. A filha de Nelci, de frente para as câmaras de televisão, garante que tudo não passa de um mal-entendido. As fotos encontradas pela Operação seriam, na grande maioria, dos próprios filhos de Nelci em diferentes fases da vida.

 

Outra acusação contestada pelos filhos de Nelci e a versão de que o naturista postava fotos de crianças nuas na internet. E aí entra outra vez a diferença entre fato e versão. De fato, Nelci postava fotos de pessoas nuas na rede mundial de computadores. Dito desta forma, parece que ele fazia parte de uma organização internacional de pedófilos.

 

Na versão dos filhos, o papel de Nelci Rones na Sonata - entidade que administra a área de nudismo na praia de Tambaba - é justamente atualizar a página da entidade na Internet e de manter intercâmbio com outras instituições de difundem a filosofia naturista pelo mundo.

 

Visto dessa forma, as fotos apreendidas e a interpretação que o Ministério Público Estadual deu ao fato pode fazer a diferença entre crime de pedofilia e preconceito e desinformação de nossos procuradores estaduais.

 

Até o momento, nenhuma vitima de abusos que Nelci Rornes tenha praticado se apresentou à Policia. E praticamente impossível que, diante de tanta exposição na mídia das imagens de tevê e fotografias do suposto 'pedófilo" nenhuma vítima tenha se apresentado para corroborar a acusação.

 

Inquestionável o papel do Ministério Público no seu mister de defender a sociedade num estado democrático de direito. Mas é preciso moderação por parte dos procuradores, sobretudo pela mega-exposição à mídia que vem recebendo nos últimas anos, para que, de defensores da sociedade, se transformem em algozes de pessoas inocentes, vítimas de acusações levianas e de interpretações fundamentadas, apenas, no preconceito.

 

Fonte: Jornal Contraponto Paraíba

 

(enviado em 6/01/11 por Peladistas Unidos)


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