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Jornal Olho nu - edição N°123 - fevereiro de 2011 - Ano XI

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A partir deste ponto, republicação e/ou atualização das notícias e informações publicadas na seção Últimas Notícias entre 2 de dezembro de 2010 e 2 de janeiro de 2011

Praias nudistas: quando o corpo se libera

Jornal argentino La Nacion, em sua versão virtual, apresentou no dia 18 de janeiro matéria sobre praia nudista La Escondida, em Mar del Plata. OLHO NU reproduz a matéria traduzindo-a para o para o português.

 

 

Foto: Enviado especial / Sebastián Rodeiro

Playa Escondida, um balneário naturista e nudista

"Todos os anos há um novo público que se refugia nos dois balneários naturistas da Argentina; lanacion.com visitou la Escondida, em Mar del Plata; acesse o vídeo.

 

Por Mauricio Giambartolomei

Enviado especial

mgiambartolomei@lanacion.com.ar

En Twitter: @mgiambar

 

MAR DEL PLATA.- Celeste desce os degraus de madeira que se confundem entre as dunas. Acomoda sua esteira junto a uma pedra, passa o protetor, põe os óculos de sol e veste um biquíni. Seus dois amigos, de Rosareo como ela, se deitam sobre uma toalha e fazem um grande esforço para continuarem usando shorts. A seu redor a maioria das pessoas está nua. Caminham, conversam entre si e se banham no mar com naturalidade. "Não me provoca incômodo e tampouco estou observando os corpos. Se sentem menos preconceitos", disse.

Ela passa a tarde na Playa Escondida e descobre um dos dois balneários naturistas e nudistas que existem no país (o outro é Querandí em Villa Gesell) e que está localizado no quilômetro 552 da rota 11, muito perto de Mar del Plata. Todas as temporadas entre 30 e 50 por cento do total dos turistas que optam por esta alternativa fizeram isto pela primeira vez. Além disso todos os verões há um incremento de gente de 20 por cento.

'A primeira temporada vinham 30 pessoas por dia e hoje há dez vezes mais', conta a lanacion.com Juan José Escoriza, administrador do lugar que se inaugurou em 15 de fevereiro de 2001 sob o conceito de praia naturista com nudez opcional. 'Ambas ideias vão de encontro com o respeito à vizinhança acostumada com vestimentas'."

 

Da rota não se distingue o balneário se não fossem pelos automóveis estacionados. No alto um cartaz enuncia as regras internas. É proibido o uso de câmaras fotográficas, o ingresso de animais e vendedores ambulantes, jogar bola e escutar música alta. Além disso se esclarece: qualquer conduta de índole sexual será motivo de expulsão. "É normal que as pessoas se dêem um beijo, mas outras atitudes não são toleráveis. As regras são de sentido comum, não pode fazer nada que não faria em outra praia", esclarece Juan José.

 

Ao avançar pela colina se pode ver uma baía de 200 metros entre as escarpas e uma piscina em meio das dunas verdes em que descansa um casal cinquentão e pançudos sem roupas. Ao lado una mulher desfruta uma sessão de massagens em um pequeno balcão de madeira. Na praia se distinguem as silhuetas nuas, uma mulher sem traje de banho chapinha a água com seu filho no mar sem se importar com as marolas e dois homens jogam frescobol, livres de prendas.

 

"A primeira vez que viemos parecia o socialismo utópico, todos nus, da mesma forma", recorda Claudia de sua primeira experiência há dez anos no mesmo lugar. "Conhecemos a praia casualmente, estávamos buscando tranquilidade, o baixinho [disse apontando a seu marido Eduardo], a viu e me disse: 'É muito linda a praia, mas estão todos nus, isto te incomoda?'. 'De nenhuma maneira', lhe respondi. Assim descemos". O matrimônio não pratica o nudismo por convicção e somente o faz no verão. "Um dia vim a esta praia vi todos nus e tirei o calção. Somente aqui eu faço e não sou naturista", aponta ele. "Vai caminhando pelas escarpas e sinta as gaivotas, o mar. Parece Adão e Eva, o homem primitivo".

 

O que as pessoas sentem neste tipo de praias? Liberação. A maior parte das coincidências é uma sensação de bem-estar. "É agradável a ideia de entrar na água nu e de fazer algo não habitual. Não é algo sexual porque a gente se animou a transpor o tabu de estar nu. Sem roupa se vivencia a praia de outra forma", disse Claudia, artista plástica que vive em San Telmo.

 

Apesar de haver um aumento de consultas em matéria de nudismo, a Argentina não está no mesmo patamar de que outros países da região como Brasil, Chile ou Venezuela. Sem dúvida, muitos estrangeiros optam pelo turismo nas praias de Buenos Aires. "Coincide com o poder aquisitivo das pessoas, com os câmbios de divisas. Depois dos anos 80 podíamos ir à Europa. Agora é ao contrário, aos estrangeiros lhes convêm o câmbio e vêm para cá", conta uma das fundadoras e secretaria da Asociación para el Nudismo Naturista Argentino (Apanna), Florencia Brenner, que confirma que há maior pedido de informação.

 

A praia da diversidade. O nudismo opcional permite que as pessoas mais pudicas visitem o balneário sem tirar a roupa de banho. Ali ninguém está obrigado a praticá-lo e não será julgado pelos nudistas. "Às vezes custa descobrir-me, mas não me sinto observada por ninguém. Aqui a gente está mais relaxada, é mais natural pela paisagem. Nas praias convencionais as pessoas olham, estão mais atentos", aponta Celeste.

 

Ela está ali por causa de Daniel que se esforça para não sacar o short negro e justo por respeito a sua amiga. Desde 2001 ele chega a Praia Escondida porque comparte a filosofia de combinar natureza e nudismo. "A sensação de estar nu é de total liberdade. A primeira vez que vim corri de ponta a ponta, me sinto distinto de quando estou vestido".

 

Daniel diferencia o nudismo dos anos 70, quando se o associava com o sexo, com a prática atual. "O sexo e o nudismo são muito diferentes, o que atrai mais é a sugestão. Aqui se conhecem as pessoas como são, não se oculta nada", disse. "Nesta praia há muita diversidade sexual: gays, famílias, grupos swingers e ninguém discrimina ninguém".

 

Video: Crece el turismo en las playas nudistas (veja acessando a fonte original)

Fonte: http://www.lanacion.com.ar/nota.asp?nota_id=1342431

 

(enviado em 18/01/11 por INFOAPANNA)


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