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Jornal Olho nu - edição N°116 - julho de 2010 - Ano X

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Casais Nudistas

Os homens e o nudismo, as mulheres e o nudismo, e os outros.

 

Via casais nudistas de Administrador em 14/06/10

Este post é baseado na nossa opinião do porquê da existência de menos mulheres nudistas em relação aos homens.

Os homens têm mais facilidade em encarar o nudismo, visto que a sua relação com o corpo é mais fácil, pois a maioria não tem muitos problemas com o seu corpo e as diversas transformações que ele vai sofrendo ao longo da sua vida.

Muitos homens não se preocupam se estão a criar mais ou menos barriga, e muitos até acham isso como um sinal sexy (quantos não dizem que a barriguinha é sinal de maturidade como homem), ou se estão a ficar mais flácidos ou com menos cabelo, os homens não ligam muito a esses pormenores. No entanto a preocupação já aparece com a possível comparação entre o seu pênis exposto em relação ao dos outros homens.

O homem nunca teve grandes problemas em despir-se, desde a infância que para eles é normal despirem-se junto a outros homens, (nos balneários da escola, no banho no ginásio), e desde a infância que o seu subconsciente faz comparações e gere preocupações em relação ao tamanho do seu pênis em relação ao dos outros.

Para o homem que pensa em se iniciar no nudismo, as suas maiores preocupações não são a nível estético, mas sim a nível da sua masculinidade – será o tamanho normal? ou então, de certeza que vou ter uma ereção quando vir mulheres nuas – mas estão completamente enganados, pois cada qual tem o corpo com que nasceu, tendo a pessoa simplesmente que se sentir à vontade com ele. Os nudistas sentem-se muito bem com o seu corpo e não tem necessidade de fazer comparações nem fazem nudismo para isso, e em relação às ereções, tal só acontecerá se aliar a nudez a uma imagem sexual, o que não é o caso pois o corpo nu só por si não tem conotação sexual, mas se acontecer basta ter um pouco de descrição.

As mulheres, por seu lado, têm outras situações mais complicadas, e são diferentes em relação aos homens, pois já têm uma preocupação muito maior em relação ao seu corpo (são os seios, a barriga, o rabo, a celulite), e muitas vezes até não existe razão para essa preocupação pois no meio de nudistas ninguém na realidade vai reparar nesses pormenores, mas as mulheres pensam que sim, talvez porque no dia-a-dia isso acontece (muitas vezes entre elas), com comentários usuais e que já todos ouvimos – Estás mais gordinha. Esse cabelo não te favorece. Precisas de fazer ginástica para abater essa barriguinha. Depois de ter filhos ficaste com os seios mais caídos, não foi?, etc, etc, etc.

Portanto existe uma maior dificuldade para a mulher se desprender dessas “conotações” que existem no mundo dos têxteis e libertar-se das grilhetas da roupa, aceitar o seu corpo e usufruir da liberdade da nudez sem qualquer tipo de problemas.

Isto é a relação dos homens e das mulheres com o nudismo, mas o verdadeiro problema são os outros. E os outros dividem-se em duas categorias, os camuflados e os descarados (termos nossos).

Os camuflados são aqueles que vão para o meio das dunas ou para cima das arribas com binóculos ou máquinas fotográficas dar azo às suas perversões, babando-se ao ver ou fotografar o corpo nu, e os descarados são aqueles que não têm problema em despirem-se e misturarem-se para poderem ter um acesso mais direto à visão do mesmo corpo nu. E aqui o maior problema, temos que concordar, é para as mulheres nudistas, pois a quase totalidade (para não dizer a totalidade) destes mirones são homens, e de certeza que eles não fazem isto para poder ver o corpo nu dos homens, eles fazem isto para poderem ver os corpos nus das mulheres.

E para confirmar esta situação basta pensar que um homem pode ir sozinho para uma praia de nudismo sem ser incomodado, enquanto que uma mulher ou mesmo duas mulheres se forem para uma praia de nudismo, passadas umas horas já terão à sua volta alguns homens sozinhos que estarão somente a tentar ter uma visão privilegiada dos seus corpos. Nós com alguns anos de nudismo, já tivemos alguns casos que corroboram estas situações.

Uma vez em Odeceixe detectamos um senhor, já com idade para ter juízo, que se encontrava no cimo da falésia a tirar fotografias a quem estava na praia a fazer nudismo. A nós não nos incomodou muito até porque estávamos debaixo do chapéu-de-sol, mas um casal que estava junto de nós não gostou muito e o rapaz, vestiu-se e subiu até ao sítio onde o indivíduo se encontrava a tirar fotografias (junto à estrada), e depois de alguma troca de cumprimentos tirou-lhe a máquina e foi-se embora. O senhor não gostou, chamou a guarda (entretanto a rapariga saiu pela praia) e esteve algum tempo a apresentar queixa apontando e gesticulando. Ainda hoje por brincadeira imaginamos as justificações desse senhor:

- Senhor guarda, estava eu aqui muito sossegado a tirar fotografias aos animais e plantas, quando um senhor veio lá de baixo da praia, deu-me uns tabefes (isto dos tabefes são influências do Asterix) e levou-me a máquina!

- Mas o senhor não estaria a fotografar os nus na praia?

- Oh senhor guarda, juro-lhe que não, só tirava fotografias aos animais e às plantas. Os nus não me interessam, eles podem estar nus à vontade que eu não vim para aqui tirar-lhes fotografias.

Nós agora podemos achar graça, mas é desagradável termos alguém mais ou menos escondido a tirar-nos fotografias.

Ainda no ano que passou tivemos casos bem mais visíveis, de pseudo-nudistas que se encontravam no meio de nós. Geralmente tentamos ficar sempre no mesmo lugar, e quando chegamos ocupamos algum espaço com os chapéus-de-sol, cadeiras e alguns brinquedos para as crianças, e não estamos preocupados se quem está perto de nós são casais ou não, e algumas vezes aconteceu (com pessoas sozinhas) que quando chegamos e começamos a montar as coisas as pessoas começarem a olhar para nós com ar de chateados e levantarem as suas coisas e mudarem de sítio pois nitidamente estragamos os seus planos (e nós tentamos manter alguma distância para respeitar o espaço de cada um), ou então estarmos na praia com outros casais por perto e virem mulheres ou raparigas sozinhas para perto por pensarem que talvez possam ficar mais “protegidas”, mas nem assim isso acontece pois algumas vezes só falta juntarem as toalhas de tão perto eles se colocam.

A situação mais desagradável que nos aconteceu no ano passado foi a de um senhor nudista (?) que estava no meio dos nudistas, e que de vez em quando ia até perto do mar contemplá-lo, olhava em redor como se tudo fosse normal (depois é que reparamos que ele estava a escolher um “alvo”), ia buscar a sua toalha e deitava-se, primeiro de barriga para cima (para disfarçar) e depois de barriga para baixo de maneira a ficar voltado para as senhoras que estavam a apanhar banhos de sol, de maneira que as pudesse ver na sua intimidade, e ali ficava sem que ninguém desse conta ou se manifestasse.

Nós só reparamos pois o elemento feminino do casais nudistas, estava a apanhar sol e a ouvir música, e ao mudar de posição reparou que o dito senhor estava deitado mais abaixo, masturbando-se a olhar para ela, ela saiu da toalha indo para debaixo do chapéu reclamando em voz alta, o que fez com que o indivíduo saísse do sítio onde estava voltando para o seu lugar depois de passar pela água para lhe passar o calor.

Foi assim todo o dia, tendo nós algumas vezes estragado o arranjinho, pois depois de vermos o “alvo” por ele marcado, enquanto ele ia buscar a toalha para se deitar, nós íamos precisamente para esse sítio jogar raquetes, para evitar que ele fosse para lá, o que não o incomodava pois simplesmente escolhia outro “alvo”. Esta atitude demonstrou nitidamente ser uma pessoa com problemas, mas que não tinha qualquer tipo de pudor em se despir para conseguir os seus intentos. Só aconteceu um dia, nunca mais voltou, pelo menos naquele sítio.

São atitudes como estas que torna difícil haver mais mulheres a fazer nudismo.

(enviado em 14/06/10 por Peladistas Unidos)


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