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Jornal Olho nu - edição N°103 - junho de 2009 - Ano IX

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Nus no Parque: A cultura do corpo livre na Alemanha

 

Fuente: Diego Iturriza (dpa) | 15/04/2009
http://www.elpais.cr/articulos.php?id=5222

 

BERLIN, (dpa) - Um turista desprevenido que em um dia ensolarado de verão decida caminhar pelo Tiergarten, o parque central de Berlin, se surpreenderá de ver gente desnuda ao sol. Surpresa que se justifica tanto que o Tiergarten se avizinha com a casa do governo e o Parlamento, as embaixadas e as instituições culturais melhor orçadas da capital alemã, como a abundância de nus, por muito que a dissimule sua dispersão sobre o extenso parque.

 

Sem dúvida, as zonas verdes não são o único lugar público onde as pessoas se desnudam nas cidades alemães, e nem sequer a principal. Muito mais concorridas pelos nudistas são as "praias", como os alemães insistem em designar as úmidas margens barrosas de seus muitos lagos.

 

Sobre o cais do Plötzensee, um laguinho do segundo anel urbano de Berlin, se deitam, caminham, e se atiram á água uma autêntica legião de peles rosadas e pelos claros. A diferencia dos parques, onde predominam os adultos, nos lagos há famílias completas, com seus filhos que jogam na água ou perambulam entre as árvores, amigos que compartilham o sol de verão, anciões. Todos amontoados a distância de conversação, imersos em um ar de normalidade.

 

Não são poucos os banhistas que concentrados em alguma leitura ou sonolentos caem em posições de elegância não convencional. Mas se equivocaria quem lhes atribuísse uma intenção exibicionista, por mais que pareça óbvio que não há preocupação com a área alheia.

 

"Me socializei na República Democrática Alemã (RDA), e em minha família há muitos religiosos, leem todos os dias a Bíblia" conta Nils, um dos banhistas desnudos do Plötzensee. "Mas na época comunista meus pais tinham confiança cega no que dizia o Estado, e a cultura do corpo livre era parte disso".

 

Não à toa nos lagos e nas praias do mar Báltico comunista havia importantes áreas habilitadas para essa instituição que o Estado promovia como correlato de uma vida mais livre e verdadeira, e por isso para os seis membros da família de Nils a "cultura do corpo livre" (Freikörperkultur, FKK segundo suas siglas em alemão) não estava incompatível com a leitura moralizante.

 

A irrupção de qualquer elemento sexual, assegura sem inibições nem roupa o homem de 42 anos, ficava "fora do horizonte" de possibilidades. "Unir necessariamente a nudez ao erotismo é quase tão inteligente como falar da boca e pensar somente em comida", escreveu na mesma sintonia e em defesa do costume o escritor satírico alemão Kurt Tucholsky (1890-1935).

 

De todos modos, o esforço que os nudistas fazem para manter sob controle a  sexualidade (notável por exemplo no férreo controle sobre a própria olhada, que nunca recorrerá ao corpo de um interlocutor) sugere um resto inapagável de erotismo.

 

A FKK se institucionalizou na Alemanha depois de propagar-se em torno de 1900 em algumas praias do Báltico e na Prússia (de tradição mais liberal que o resto dos estados alemães), ainda que então ligada a posições políticas. Em 1913 havia 50 associações de FKK, a maioria de esquerda, e de sua perspectiva a nudez era testemunho da igualdade entre as pessoas. Que representava um retorno às tradições dos rudos germanos, cujo nudismo consignou o romano Tácito (ca. 58-116) em sua obra "Germania".

 

Com a ascensão dos nazistas ao poder em 1933, as associações do corpo livre foram proibidas ou se transformaram em clubes desportivos do Nacionalsocialismo. O regime desenvolveu uma FKK racista, cujo principal teórico foi Hans Surén, a quem entretanto hoje alguns clubes nudistas mencionam afetuosamente como precursor.

 

Nos anos sessenta, a FKK ganhou vulto na RDA com a abertura de praias oficialmente nudistas na ilha de Usedom, no mar Báltico. Os movimentos libertadores de '68 mais tarde fizeram  suas a prática.

 

Na Alemanha Federal, no célebre Englischer Garten de Munique apareceram em 1980 as primeiras pessoas nuas ao sol, que sem separação de telas passaram a banhar-se no Eisbach, principal curso d'água do parque. Após algumas tentativas de proibir, o nudismo passou a permitir-se oficialmente. Seguiram outras habilitações similares e desde os anos noventa o aumento da FKK em áreas não oficialmente instituídas para ele levou a que hoje convivam em harmonia vestidos e desnudos praticamente em qualquer costa.

 

Em janeiro de 2008 a agência de viagens "Ossieurlaub" anunciou que habilitaria o primeiro voo FKK com destino à ilha germano-polaca de Usedom. As passagens de 499 euros (667 dólares) se esgotaram em questão de horas, mas apesar da sonora repercussão mediática (que incluiu especificações sobre o momento em que se desnudariam os passageiros e o uso ou não de roupa por parte da tripulação), o projeto terminou cancelando-se em maio. "Por questões morais", comunicou secamente a agência, mesmo os meios de comunicação alemães puseram sutilmente em dúvida que esta fosse a razão.

 

A escolha de Usedom não é casual. Os 50 anos de tradição que ali tem a FKK geraram algumas rusgas no final de 2007 quando a Polônia, com quem a Alemanha comparte a ilha, entrou na União Europeia. Agora nas praias alemães há cartazes em polonês que alertam "Atenção, nudistas", porque o severo catolicismo polaco vê com desagrado a prática. Do lado polonês da ilha se adverte em alemão que o nudismo é indesejado, como demonstram os gritos e imprecações que os alemães desatam ao retirarem a roupa para entrar no mar.

 

Durante os frios invernos alemães são poucos os centímetros quadrados de pele que veem a luz do sol, e a FKK se reclusa nesse outro reino dos desnudos que são as saunas. Também há piscinas públicas que em certos dias da semana e em certo horário são só para nudistas.

 

A Federação alemã de FKK tem uns 45.000 membros, mas seu presidente, Kurt Fischer, calcula que os praticantes do nudismo na Alemanha são cerca de sete milhões, entre os que estão os membros das numerosas associações familiares de nudismo.

 

O que confere à FKK um caráter econômico: nos últimos anos se desenvolveu um importante mercado para as famílias que querem passar suas férias sem roupa. Fora da Alemanha, os sítios que mais cultores do FKK atraem são hotéis e campings de praias na França e Croácia.

 

Fonte: http://www.elpais.cr/articulos.php?id=5222
 

(enviado em 15/04/09 por Florencia Brenner)


Tabus da nudez

Por Sabrina Passos

Fonte: Vila Mulher

 

A definição oficial de naturismo diz que ele se trata de um modo de vida em harmonia com a natureza, caracterizado pela prática da nudez social, e tem por intenção encorajar o auto respeito, o respeito pelo próximo e o cuidado com o meio ambiente.

 

E também resume bem o que pensa José Antonio Tannús, presidente da Federação Brasileira de Naturismo.

 

Para quem não sabe como a coisa todo funciona, fica fácil atrelar a nudez com desejo sexual ou perversão. “Até na mídia a nossa presença é distorcida e caricata, justamente pela vinculação indevida entre naturismo, nudez e sexo. E isso afasta muitas pessoas do naturismo”, lamenta José. Para ele, nudez não é sinônimo de sexo.

 

Leia a matéria completa clicando no link abaixo:

http://vilamulher.terra.com.br/amor-e-sexo/materia/sexualidade/233-tabus-da-nudez.html

 

(enviado em 4/06/09 por Thiago Tannus

A partir deste ponto, republicação e atualização das matérias publicas na seção Últimas Notícias no período entre 7 de maio e 5 de junho de 2009

 

Amanhã Dia Internacional do Naturismo na TV

 

5 de junho é dia mundial do meio ambiente e é também, a data que se comemora no mundo inteiro naturista o Dia Internacional de Naturismo. A rede de TV CNT preparou uma matéria em alusão à data e a exibirá amanhã, dia 5 de junho, durante o seu jornal diário, o CNT Jornal, a partir das 22 horas.

 

A reportagem promete apresentar de forma resumida a história do Naturismo no mundo e no Brasil, com imagens inéditas de Luz del Fuego e outras gravadas na praia do Abricó no Ro de Janeiro. A CNT faz parte da linha de várias operadoras de TV por assinatura no Brasil inteiro e pela SKY no canal 9, além de ser transmitida por satélite.

 

(enviado em 4/06/09 por Pedro Ribeiro)


CNT decepciona e não exibe matéria no dia e hora combinados

 

A rede de TV CNT não exibiu, como prometido, a matéria preparada sobre o dia Internacional do Naturismo, decepcionando milhares de naturistas em todo o Brasil. E até agora não apresentou nenhuma explicação para o fato, já que a iniciativa de preparar a matéria partiu da própria emissora, que insistentemente procurou a Associação naturista do Abricó para realizá-la.

 

Infelizmente é uma emissora na qual não se pode confiar plenamente.

 

(enviado em 5/06/09 por Pedro Ribeiro)

 

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