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Duas formas de conhecer St. Barth
por Florencia Brenner*
Esta temporada, em parte, coincide com a época de furacões e de chuvas frequentes e espasmódicas que, sem dúvida, não impedem ir à praia, nem meter-se nesse convidativo e quente mar. Existem momentos em que o sol radiante se mescla com uma cortina de chuva. O dia termina pouco mais das cinco da tarde, e os negócios cerram suas portas às 18:30 ou 19....
Mas para conhecer St.Barth bem vale deixar-se levar por algum furacão.
A alta temporada começa aproximadamente para as festas de fim de ano e se prolongam até abril e os veleiros festejam as mesmas com grandes envolvimentos de luzes e adornos. Gastam fortunas nos negócios das principais marcas que se encontram no porto de Gustavia e que oferecem mimos a preços incríveis... O único que pode trair foram especiarias para condimentar comidas.
Se bem o nudismo não está permitido na ilha, existe uma única praia de nudismo tolerado, chamada SALINAS (Anse des Salines) onde além disso, a maioria das mulheres, fazem top-less (aceito em todas as praias francesas). Somente uma vez vimos uma dupla de guardas que chegaram, olharam e se foram. ( deixando-nos com um grande susto)
As cabanas que se oferecem próxima da praia SALINAS por 90 euros diários, em baixa temporada, café da manhã incluído e atendido por seu dono (www.salinesgarden.com) têm instalações muito completas para cozinhar, coisa que fizemos todos os dias, pois comer fora era excessivamente oneroso para nós. Há poucas cabanas. Todas muito bem decoradas e deve-se reservar com antecedência. O dono atende pessoalmente com uma cordialidade fora do comum. Cada cabana recebe um nome, nós estivemos na WAIKIKI.
Um dos motivos que gera a causa dos altos custos em todos os serviços é que todas as provisões vêm do exterior
A ilha vive do turismo e salvo algum artesanato, ou perfumes, carece de indústria própria. Além disso carecem de água doce, rios, portanto a água que se consume é água de chuva que purificam, posto que se aconselha tomar água mineral.
A vegetação é exuberante ao menos na época de chuvas, pois não tem havido como em outras ilhas do Caribe exploração de carvão nem de madeira. Se tem conservado os bosques e não parece haver desflorestamento.
Existem vários morros de altura consideráveis cujos caminhos levam para casas que “os ricos e famosos” construíram no alto.
Para chegar a St.Barth se pode utilizar um pequeno avião de seis assentos que demora 15 minutos e que sai do aeroporto Juliana em St.Martin, com vôos frequentes desde a manhã até o por do sol, ou também uma barca que demora 45 minutos e que é um pouco mais econômico, mas não demasiado, e que se move bastante se o mar está agitado.
A paisagem tem pequenas vilas disseminadas pelas colinas, hotéis de luxo , cabanas entre palmeiras, pequenos centros comerciais em pontos distintos, e o porto de Gustavia, a capital, que é onde os veleiros ficam ancorados.
Esta ilha tem características muito peculiares:
Está proibido construir edifícios altos, os hotéis são pequenos, e com muita vegetação, e não há cassinos. Realmente um paraíso natural.
Existe uma alta consciência de conservação
do natural que está
absolutamente incorporada ao pensamento dos habitantes de
ST. Barth. Opõem-se, por exemplo, a deixar construir bares ou instalacões
nas
praias, pois sabem que a paisagem perderá seu encanto natural. De modo
que no existe outra opcão que alugar um carro ou um 4x4 para ir
e voltar da praia porque precisa-se levar até a água... Algo que está muito em moda são os casamentos na Ilha, sobre a praia, mas suponho que os preços devam ser astronômicos.
Colón batizou esta ilha com o nome de seu irmão, Bartolomé, muito antes que os primeiros povoadores a chamaram de Ounalao.
Os franceses se estabeleceram ao fim do século XVII atraídos por sua posição estratégica e à qualidade de seu porto. Mas, ao final, acabou convertendo-se, por razões de política colonial, na única possessão sueca do Caribe.
Atualmente a Ilha faz parte Departamento Francês de Guadaloupe, que é tão francês como Alpes maritimos, île de France, etc. Do ponto de vista político, estar em ST. Barth é o mesmo que estar na França Continental. Há poucos vestígios da antiga dominação sueca. Ao passear por suas ruas se encontram todavia as placas de seus nomes escritas em francês e em sueco.
Gustavia, a capital, deve seu nome ao rei Gustav III e, vista de algum mirante, oferece um dos conjuntos mais atrativos dstas ilhas, com todos seus telhados vermelhos recortados entre a vegetação.
O porto, verdadeiramente calmo e protegido devido sua posição privilegiada, está cheio de veleiros, iates e catamarãs provenientes de todas as partes do mundo.
Além de Anse de Grande Saline, onde está
localizada a praia nudista,
existem outras de grande beleza como Anse du Gouverneur a qual se chega por uma tortuosa
trilha, ou a de St. Jean, com centros
comerciais de preços mais acessíveis que os de Gustavia, e Anse de
Colombier à qual só se acessa por barco.
Redação Florencia Brenner (bifidus9@hotmail.com). Buenos Aires, Argentina, 11 de novembro de 2005 |